domingo, 24 de abril de 2011

Espaço

O Espaço geográfico é o palco das realizações humanas, no entanto, abriga todas as partes do planeta passíveis de serem analisadas, catalogadas e classificadas pelas inúmeras especialidades da ciência geográfica.

Quando especificamos o Espaço geográfico, como por exemplo, o espaço geográfico do Domínio do Cerrado nos referimos ao conjunto de elementos naturais tais como relevo, clima, vegetação, hidrografia entre outros, e a partir dessa análise temos dados homogêneos que nos leva a pensar que cada um dos elementos será resultado da interligação entre eles, por exemplo, o solo do cerrado é rico em hidróxido de alumínio, portanto sua vegetação sofre reflexos, pois suas folhas e galhos são retorcidos devido a esse fator, também sabemos que o clima é tropical sub-úmido com um período de seca e um chuvoso, essas informações já são concretas.

No entanto, surgiram novos conceitos acerca desse tema. A configuração da hierarquia das cidades provavelmente é proveniente do estudo do conjunto de atividades de bens e serviços disponíveis para aquelas populações que vivem nas proximidades (áreas rurais, cidades menores), nesse exemplo existe um espaço hierárquico e não homogêneo, como no caso do cerrado.

A Geografia Cultural na análise do ser humano disponibiliza outra definição para o significado de Espaço Geográfico: lugar onde os seres vivos, inclusive os humanos, buscam instituir laços afetivos relacionados ao respeito ou mesmo ao temor.

Os espaços sagrados formados por um conjunto de ritos religiosos e culturais são exemplos de conceitos que a expressão pode ter.

Marxismo

O marxismo compreende o homem como um ser social histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas.

Economia Regional

A Economia Regional compreende o estudo da diferenciação espacial, das inter-relações entre
as áreas dentro de um sistema nacional de regiões, enfrentando um universo de recursos escassos,
desigualmente distribuídos no espaço e imperfeitamente móveis . Há separação
espacial entre os mercados de consumo, entre as fontes de recursos e os locais de produção; os
mercados, os recursos e as produções não se distribuem igualmente no espaço não só pela sua imperfeita
imobilidade, mas também pela desigual dotação de recursos e estoques iniciais. Nem todas
as áreas são exploradas com a mesma intensidade e ao mesmo tempo; as que são valorizadas em
primeiro lugar tendem a adquirir uma vantagem adicional sobre as demais.
A Economia Regional compreende: a introdução do elemento espaço na análise econômica;
o estudo de problemas localizados e que envolvem separação espacial, tais como: a estrutura dos
parques industriais locais e regionais; os meios de comunicação entre dois ou mais centros urbanos;
o problema do emprego rural e urbano; as finanças municipais e regionais; o aproveitamento racional
dos recursos naturais locais; os impactos de investimentos em determinadas indústrias sobre o
emprego, as demais atividades industriais, as finanças públicas, etc.

Globalização e Fragmentação

Muitos autores entendem que até aproximadamente os anos 60 deste século o capitalismo empreendeu um gradativo (embora muito complexo) processo de internacionalização da economia, tornado ainda mais internacional com a estreita conexão entre Estado e o grande capital monopolista a partir das políticas de inspiração keynesiana pós-Grande Depressão, nos anos 30. Aí, o Estado-nação desempenhava um papel muito relevante e suas fronteiras podiam representar alguns constrangimentos à expansão e/ou fluidez do capital e das grandes corporações internacionais. Consideramos importante, assim, distinguir aqui os termos internacionalização e globalização.
Embora sejam usadas muitas vezes como sendo intercambiáveis, internacionalização e globalização não são termos sinônimos. Internacionalização se refere simplesmente ao aumento da extensão geográfica das atividades econômicas através das fronteiras nacionais; isso não é um fenômeno novo. A globalização da atividade econômica é qualitativamente diferente. Ela é uma forma mais avançada, e complexa, da internacionalização, implicando um certo grau de integração funcional entre as atividades econômicas dispersas

Território - rede

Deve-se considerar que os territórios apresentam diferenciação interna, estruturando-se basicamente a partir de malhas, nós e redes, cada um desses componentes colocando-se historicamente com destaque variável frente os demais. Assim, Haesbaert distingue duas lógicas de controle territorial: a lógica zonal, voltada fundamentalmente para o controle de áreas, e; a lógica reticular, que remete ao controle social através de formas de controle de redes.
É importante destacar que as duas lógicas de controle mencionadas acima não se anulam, ao contrário, elas co-existem num dado território, prevalecendo ora uma, ora outra na estruturação do mesmo. Dessa forma, com base na lógica prevalecente, os territórios podem ser classificados como sendo um território-zona ou território-rede. O primeiro tipo de território é produzido a partir de processos sociais realizados por meio do controle de zonas específicas, tendo, portanto, limites/fronteiras estabelecidas, prevalecendo certa estabilidade interna. Já os territórios-rede são descontínuos, tendo suas “zonas” (ou nós) conectados rapidamente em rede.

Tradução Cultural

A tradução cultural implica um contato cultural profundo entre duas ou mais culturas. Aproximar-se e deixar-se tocar pelo desconhecido, mesmo correndo-se o risco do enfrentamento, do conflito, parece ser uma maneira mais profícua ainda que certamente mais trabalhosa de entender o outro.
No mundo contemporâneo, as distâncias entre as culturas têm sido reduzidas substancialmente, rompendo-se, cada vez mais, as barreiras advindas da dificuldade de comunicação-contato entre elas. Vive-se um tempo em que as identidades estão mais fluidas, as fronteiras do conhecimento e das nações se mostram mais móveis, as certezas se esvaemA questão da tradução cultural, o contato entre culturas se intensifica de forma nunca antes vista. Entre os vários fatores, cabe destacar o aumento exponencial dos fluxos migratórios e de informação que fizeram com que as mais distintas culturas entrassem em contato umas com as outras, de forma muito intensa e acelerada, trazendo transformações culturais de tal magnitude que dificultam sua elaboração e seu entendimento com os antigos instrumentos de análise. As diversas áreas do conhecimento, sobretudo as humanas, passam a repensar seu arcabouço teórico, seus métodos de abordagem para tentar entender o que se passa.

Localismos Globalizados

A primeira forma de globalização é o localismo globalizado. Consiste no processo pelo qual determinado fenómeno local é globalizado com sucesso, seja a actividade mundial das multinacionais, a transformação da língua inglesa em língua franca, a globalização do fast food americano ou da sua música popular, ou a adopção mundial das leis de propriedade intelectual ou de telecomunicações dos EUA.